19 de abril de 2022 - 11 minutos de leitura
Quanto vale meu Provedor de Internet?
Quanto custa um Provedor de Internet?
Em algum momento da vida de quem começa um provedor de forma sucinta surgirá esta dúvida, mas como se pode avaliar se cresceu desordenadamente muitas das vezes?
Principalmente quando não se tem um sistema de gerenciamento para provedores com as informações precisas.
Inclusive, isso é um ponto-chave crucial, afinal, você se preocupou em investir em um programa para gerenciamento de provedor de internet com qualidade, funcionalidades e automação – deixando de lado o uso de programas grátis, ou seja, os famosos programas para provedor de internet gratuitos, que não ajudam em nada o gerenciamento da sua rede.
Ao investir nesse tipo de sistema, você está livre de muitos problemas que costumam ocorrer em razão desses programas gratuitos com atualizações defasadas. Graças a esse investimento, você ganhará um ponto a mais na hora de decidir o valor do seu provedor de internet, e o comprador ficará satisfeito ao receber um provedor organizado e com um sistema de gerenciamento da MikWeb adequado e funcional.
Este artigo é pra você que pretende saber como levantar o valor de seu provedor, seja para aqueles que querem vender seu provedor de internet, seja para empréstimos ou mesmo pra se ter ideia do que se tem na mão e tratar com o olhar que ele merece pois muitas das vezes trabalhamos tanto no reativo que perdemos a noção do que temos e quão grande e valioso se tornou.
Valuation (valoração) é a palavra que se usa para avaliar seu negócio em números, o quanto de fato ele vale, mas calcular é tarefa árdua e requer que muita informação seja levantada para não deixar dinheiro na mesa de negociação.
Vamos elencar aqui um roteiro para que você possa ter um norte na hora de avaliar seu provedor, e entender bem qual o valor médio de um provedor de internet. Nesse caso, além de saber quanto vale seu provedor, você pode ter uma noção maior de quanto custa um provedor de internet e tudo que está por trás dessa operação.
Para iniciar esta jornada deveremos entrar um pouco mais na esfera contábil para entender algumas nomenclaturas que nos darão um norte de como organizar os dados adquiridos para
elaborarmos um BALANÇO PATRIMONIAL.
O Balanço Patrimonial é o instrumento que usaremos para traduzir em números, com clareza, a saúde da empresa. No balanço serão levantados os Ativos e Passivos.
Vamos entender o que são estas duas categorias do Balanço.
ATIVOS:
São considerados ativos a soma dos bens e direitos de um negócio, traduzindo, tudo que possa gerar valor econômico para a empresa como fibras, fusoras de fibra óptica, veículos, móveis, estoque, contas a receber etc.
PASSIVOS:
Os passivos são as despesas, obrigações e dividas de uma empresa, como salários, contas mensais, tributos entre outros.
Exemplos de passivos:
- Contas recorrentes como luz, telefone, água, serviços de acesso a internet;
- Alugueis, parcelas de imóveis, obrigações trabalhistas, como pagamento do salário dos funcionários;
- 13º salário, recolhimento do FGTS, do INSS e de outros encargos;
- Obrigações fiscais, impostos de toda natureza, a exemplo do ICMS, IRPJ, IPTU e outros;
- Fornecedores;
- Prestadores de serviço;
- Empréstimos e financiamentos;
Agora que sabemos como diferenciar os ativos e passivos, vamos categoriza-los.
Estruturação de Ativos e Passivos:
No balanço Patrimonial os ativos e passivos são separados por estruturas que são agrupamentos de contas em blocos para facilitar a analise.
Ativos Circulantes:
São os bens e direitos que podem ser transformados em valores em um período inferior a um ano, como contas a receber, estoque, tributos a recuperar, aplicações etc.
Ativos não circulantes:
São os bens e direitos que levam mais de um ano para ser transformados em valores, exemplo, investimentos e imobiliários ou ainda algo que tenha um bom valor de mercado mas baixa liquidez, ou seja, não se consegue vender a um preço justo da noite para o dia.
Agora que sabemos o que são os ativos vamos aos passivos no balanço patrimonial.
Passivo circulante:
São todas as dividas , despesas e obrigações financeiras com prazo de vencimento inferior a um ano, como impostos de toda natureza, empréstimos, fornecedores etc.
Passivo não circulante:
São todas as obrigações despesas e dividas com prazo de vencimento superior a um ano como empréstimos e garantias de aporte.
E por fim precisaremos levantar o Patrimônio Liquido que é composto pela soma de todos os recursos da empresa.
Para este resultado levamos em conta os investimentos dos sócios (capital social), reservas de lucros, prejuízos acumulados etc.
Traduzindo de forma curta seria o “Patrimônio Liquido” é um indicador contábil que representa a diferença entre o ativo e o passivo da organização.
À soma dos valores provenientes dos ativos e passivo circulantes e não circulantes, e do patrimônio líquido, devem ser aplicados à seguinte fórmula:
Ativo = Passivo + Patrimônio Líquido ou seja, o que de fato fica no provedor.
Em geral, a empresa que opta por comprar o provedor vai desenvolver uma “Due Diligence” é um instrumento que
norteia o investidor saber “onde esta pisando”, nele há visões distintas para o comprador e para o vendedor deixando
as coisas claras para que as decisões sejam seguras e transparentes.
Exemplo de objetivos da Due Diligence:
Objetivos da Due Diligence para o Vendedor
● Preparação para o processo de negociação ou saber como está o negócio
● Sob uma ótica externa;
● Antecipar problemas e rever soluções;
● Conhecer o funcionamento da empresa;
● Entender a gestão administrativa e contábil;
● Conhecer o ambiente de controles internos;
● Avaliação de pessoas “chaves”;
● Conhecer o ambiente de trabalho (clima em que estão as pessoas);
● Avaliar risco total;
● Auxílio para a formação do preço de venda do negócio;
● Fornecer dados para minuta do contrato de F&A (fusão e aquisição);
● Fornecer dados para planos de pós-aquisição; e
● Fornecer dados para planos financeiros de aquisição.
Objetivos da Due Diligence para o Comprador
● Identificar e gerenciar riscos de diversas áreas (ambiental, IT, fiscais,trabalhistas, financeiros);
● Avaliar compatibilidade de filosofia;
● Confirmar a rentabilidade da operação (EBTIDA = Lucro operacional líquido + depreciações + amortizações);
● Base de cálculo do goodwill;
● Quantificação do patrimônio contábil;
● Conhecer o funcionamento da empresa;
● Identificar pontos fortes e fracos;
● Entender a gestão administrativa e contábil;
● Conhecer o ambiente de controles internos;
● Avaliação de pessoas “chaves”;
● Conhecer o ambiente de trabalho (clima);
● Avaliar risco total;
● Formular uma oferta;
● Fornecer dados para minuta do contrato de F&A;
● Fornecer dados para planos de pós-aquisição; e
● Fornecer dados para planos financeiros de aquisição.
Contudo, em um provedor para se levantar estas informações geralmente se torna complicada quando não se tem
● O Sistema de Gerenciamento de provedor (sistema para provedor);
● O volume de cabos lançados;
● Quantidade de caixas implantadas nos postes;
● Quantidade de portas disponíveis por caixa nos postes(possibilidade de expansão);
● Quanto do seu link esta sendo utilizado no horário de pico;
● Quantos funcionários são necessários pra tocar sua operação e quanto custa ao provedor (incluir ferias, 13 salario, FGTS, INSS etc);
● Custo com impostos, com leasing, prestações de aquisição (a curto, médio e longo prazo);
Estes são alguns dos itens a ser levantados na hora de precificar seu provedor
Em linhas gerais se precifica sua receita mensal menos suas despesas a curto, médio e longo prazo incluindo os valores de seus ativos.
Modo simplificado de precificação para um provedor de internet:
Uma outra maneira de avaliar quanto vale meu provedor bastante utilizada é vendendo pela carteira de clientes.
Geralmente em provedores de estrutura UTP, sem fibra óptica, usava-se esta abordagem mas vamos analisa-la.
A conta seria a 12 meses de receita de cada cliente ativo pagante pelo seu ticket médio.
Exemplo:
– Um provedor que tem 200 clientes, com ticket médio de 65 reais
– Um passivo de R$ 60.000,00 computado a preço de hoje.
200 X 65 X 12 = R$ 156.000,00 – R$ 60,000.00 = R$ 96.00,00
Desta forma estaria vendendo cada cliente a R$ 480,00.
Neste exemplo, usamos um pequeno provedor com 200 clientes e estrutura de cabo, contudo notem que desta forma não se levantou a receita X despesa, nem capacidade de liquidez, dai não se sabe quando conseguirá atingir o ROI (Retorno do investimento) na negociação. Estas lacunas podem representar um grande prejuízo na aquisição pela inobservância de pontos críticos da negociação.
Assim, a forma certa de se fazer as coisas é usando de transparência com números precisos e sobretudo cautela.
NOTA.: Roteadores, fibra óptica, ferragens, caixas etc são “investimentos” e não “custos” ok, reveja com sua contabilidade em que modalidade isto esta sendo lançado.
Pontos que o provedor deve sempre ter nas mão mesmo sem pensar em negociar seu provedor:
- Custos com ASN (Anatel);
- Custos de consultoria(CREA, Responsável técnico, projeto FTTX);
- Custos de emissão de notas fiscais (impostos, contábil);
- Custos de compartilhamento de postes (projeto e elaboração);
- Custos com contabilidade (é importante escolher bem um escritório especializado na contabilidade para provedores de internet).
- Custos de pessoal (alimentação, transporte, ajuda de custo, folha, decimo terceiro, inss, ferias, horas extras etc);
- Custos de link de internet;
- Custos de energia e agua;
- Custos com veículos (manutenção, combustível seguro etc);
- Custos com prestações que excedem 1 ano;
- Custos com prestações que terminam antes de um ano;
- Custos com treinamento de pessoal;
- Custos de aquisição servidores;
- Custos de aquisição roteadores;
- Custos de aquisição switches;
- Custos de aquisição ferragens para postes;
- Custos de aquisição bobinas de fibras, Drop, AS e ASU;
- Custos de aquisição dio, nobreak, fusoras, caixas de emendas, ctos’s, splitters, plaquetas, rack;
- Custos de aquisição cordões ópticos, conectores, clivadores, caixas fob;
- Custos aquisição com ferramental por técnico;
- Quantidade fibras lançadas (definidas as quantidades de f.o’s por etapa e o que esta sendo utilizado);
- Quantidade de clientes;
- Quantidade de clientes por plano;
- Quantidade de pessoas envolvidas na operação( técnicos, instaladores, recepcionistas etc);
- Ticket médio (soma de todos os valores entrantes por pagamento dos clientes dividido pelo numero de clientes);
- Quantidade de chamados técnicos mensais (por localidade);
- Quantidade de fibras possíveis de expansão (exemplo, fibras primarias com sinal onde se permite explitagem);
- Quantidade de caixas nos postes e a quantidade de portas disponíveis em cada caixa para orientar crescimento;
- Quantidade de concorrentes na região que seu provedor atende;
- Quantidade de moradias na localidade (mapas para efeito de expansão e investimentos);
- Quantidade de banda utilizada nos horários de pico;
Cuidados ao precificar o valor do seu provedor de internet
Mesmo após todas essas informações, é muito importante que antes de definir um valor, conferir cuidadosamente tudo que já foi feito e quais são os pontos que devem ser abordados ao montar sua estratégia de vendas.
Afinal, no mundo corporativo o preço de uma empresa é vendida no valor 10 vezes maior que o seu lucro líquido.
São várias variáveis que influenciam no preço do seu provedor, por exemplo:
- A sua estrutura é bem organizada?
- Quantos funcionários?
- Os seus equipamentos são de qualidade?
E muitas outras perguntas que devem ser consideradas.
Licença SCM para provedores de internet
Muitos se perguntam quanto custa um link para provedor de internet, portanto, só para ter ideia, dependendo da quantidade de usuários que você venha a ter, será necessário pagar uma taxa para obter a licença SCM (Serviço de Comunicação Multimídia).
Exemplificando, caso seus acessos sejam cabeados ou por radiação restrita, você ficará isento de qualquer valor, no entanto, terá que realizar um credenciamento junto a ANATEL, sem custos extras.
Já os prestadores com mais de 5 mil usuários, será necessário realizar o pagamento para ter sua empresa regularizada. O valor da taxa irá depender da região e outros fatores externos.
Agora que você sabe quanto custa um provedor, com estas informações em mãos você sempre estará um passo a frente para num momento de ‘pivotagem’ ( mudança de direção ou negócio) não ser pego de surpresa.
Para facilitar a sua trajetória com seu provedor, no Mikweb você tem o melhor Sistema de Gerenciamento de Provedor para ter sempre a mão suas informações.
Confira também: provisionamento remoto de provedor de internet
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